segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Eu sei quem sou



            Cursar uma faculdade é um desafio que sentimos na pele durante os últimos três anos. O “jovem cristão na universidade” ainda é um tema cheio de tabus, pois muitos que se dedicam aos estudos aos poucos se afastam da igreja. Mas vamos deixar alguns conceitos bem claros antes de continuarmos esse artigo: nós (pessoas) somos a igreja, adquirir conhecimento é benéfico, quanto maior a quantidade de pessoas que conhecermos, maior a oportunidade que teremos para mostrar o amor de Deus.
            Iniciamos esse ano com nossa filha recém nascida na UTI. Depois de 32 dias internada, Pietra teve alta, e uma semana depois lá estava eu de volta ao curso de História, e a Aninha voltou depois por conta da licença maternidade. Neste ano fomos a poucos cultos, um deles foi na casa do João Paulo, onde alguns jovens conversavam exatamente sobre seu afastamento da igreja por causa da faculdade, e podemos todos nos abrir e compartilhar experiências.
Mesmo não atuantes nos departamentos internos da igreja (instituição), nunca deixamos de ser cristãos. Ocorreram muitos conflitos entre alguns colegas de curso, e sempre tentamos manter nossa postura, inclusive em situações de tensão como insultos e brigas. Neste último semestre fomos convidados para participar da organização do II Sarau de História da FIG, e lógico que aceitamos, até porque esse tipo de atividade acadêmica conta muito no currículo interno.
O sarau é uma atividade cultural com diversas apresentações como música, dança, poesia e performances variadas. Por um mês, nos intervalos e antes de algumas aulas nós fizemos contatos, ensaiamos e montamos a programação. Nos dois dias de evento a Aninha cuidava da ordem das apresentações e eu fui o apresentador. Entre as muitas atrações como crianças tocando flauta e recriacionismo de batalhas medievais, a Aninha dançou ao som de um louvor chamado “Me Ama” do Diante do Trono, e eu toquei uma música chamada “Allelujah”.
Durante a faculdade pudemos afirmar nossas raízes, pois o aprendizado contribuiu para compreendermos o quando a humanidade está em crise e precisa de mudança. Porém essa mudança não se dará apenas por meio de guerras, mas principalmente através do amor. E nós como cristãos não devemos fugir do mundo, mas estarmos inseridos nele, pois o próprio Jesus orou a Deus dizendo: “não peço que os tire do mundo, mas que os livre do mal.” (João 17:15)

by Kiko & Aninha