Cursar
uma faculdade é um desafio que sentimos na pele durante os últimos três anos. O
“jovem cristão na universidade” ainda é um tema cheio de tabus, pois muitos que
se dedicam aos estudos aos poucos se afastam da igreja. Mas vamos deixar alguns
conceitos bem claros antes de continuarmos esse artigo: nós (pessoas) somos a
igreja, adquirir conhecimento é benéfico, quanto maior a quantidade de pessoas
que conhecermos, maior a oportunidade que teremos para mostrar o amor de Deus.
Iniciamos
esse ano com nossa filha recém nascida na UTI. Depois de 32 dias internada,
Pietra teve alta, e uma semana depois lá estava eu de volta ao curso de
História, e a Aninha voltou depois por conta da licença maternidade. Neste ano
fomos a poucos cultos, um deles foi na casa do João Paulo, onde alguns jovens
conversavam exatamente sobre seu afastamento da igreja por causa da faculdade,
e podemos todos nos abrir e compartilhar experiências.
Mesmo não atuantes nos departamentos
internos da igreja (instituição), nunca deixamos de ser cristãos. Ocorreram
muitos conflitos entre alguns colegas de curso, e sempre tentamos manter nossa
postura, inclusive em situações de tensão como insultos e brigas. Neste último
semestre fomos convidados para participar da organização do II Sarau de
História da FIG, e lógico que aceitamos, até porque esse tipo de atividade
acadêmica conta muito no currículo interno.
O sarau é uma atividade
cultural com diversas apresentações como música, dança, poesia e performances
variadas. Por um mês, nos intervalos e antes de algumas aulas nós fizemos
contatos, ensaiamos e montamos a programação. Nos dois dias de evento a Aninha
cuidava da ordem das apresentações e eu fui o apresentador. Entre as muitas
atrações como crianças tocando flauta e recriacionismo de batalhas medievais, a
Aninha dançou ao som de um louvor chamado “Me Ama” do Diante do Trono, e eu
toquei uma música chamada “Allelujah”.
Durante a faculdade pudemos
afirmar nossas raízes, pois o aprendizado contribuiu para compreendermos o
quando a humanidade está em crise e precisa de mudança. Porém essa mudança não
se dará apenas por meio de guerras, mas principalmente através do amor. E nós
como cristãos não devemos fugir do mundo, mas estarmos inseridos nele, pois o
próprio Jesus orou a Deus dizendo: “não peço que os tire do mundo, mas que os
livre do mal.” (João 17:15)
by Kiko & Aninha